Páginas

03/09/2010

A Zona Costeira Brasileira

Nossa costa é banhada por águas quentes que ocupam grande parte das bordas tropicais e subtropicais do Atlântico Sul Ocidental, onde a variação espacial e temporal dos fatores ambientais são distintos. 


A Zona Econômica Ecológica (ZEE) do Brasil ocupa cerca de 3,5 milhões de quilômetros quadrados. A ZEE corresponde a 41% de área emersa do país, com seus 8.500 km de litoral, abrangendo diferentes ecossistemas e abrigando 70% da população brasileira.
Nossa costa é banhada por águas quentes que ocupam grande parte das bordas tropicais e subtropicais do Atlântico Sul Ocidental, onde a variação espacial e temporal dos fatores ambientais são distintos. Entre o Cabo Orange na Foz do Rio Oiapoque e o Arroio Chuí, ocorrem diversos tipos de hábitats, sistemas lagunares margeados por manguezais e marismas, costões e fundos rochosos, recifes de coral, bancos de algas calcáreas, plataformas arenosas, recifes de arenito paralelos à linha de praias e falésias, dunas e cordões arenosos, ilhas. Além das praias arenosas amplamente utilizadas pelo turismo costeiro, destacam-se inúmeros estuários e lagoas costeiras, praias lodosas, praias e falésias, dunas e cordões arenosos, ilhas costeiras e ilhas oceânicas.
A Região Norte é dominada pela Corrente Norte do Brasil e pela pluma estuarina do Rio Amazonas. A elevada carga de material particulado em suspensão, oriundo da Bacia Amazônica e dos sistemas estuarinos do Maranhão para o mar adjacente, origina fundos ricos em matéria orgânica. Esse tipo de hábitat oferece boas condições de alimento para peixes de fundo e camarões explorados pela pesca industrial e artesanal.
As características físico-químicas e geomorfológicas da costa do Amapá e o setor ocidental da costa do Pará são determinadas pelo Delta do Amazonas. Esta região é denominada Golfão Marajoara. Ali se encontram centenas de ilhas margeadas por manguezais exuberantes e marismas ainda bem preservados, oferecendo recursos vivos inestimáveis e pouco explorados pela pesca artesanal. Mais da metade dos manguezais brasileiros concentram-se nesta região. A baixa densidade demográfica desta região restringe a ocupação da linha da costa que sofre apenas um impacto localizado da exploração pesqueira e do impacto urbano e industrial nas áreas metropolitanas.
Os hábitats marinhos da região Nordeste são típicos de áreas tropicais e caracterizam-se pela grande diversidade biológica. Na área existe abundância de recifes de coral e de algas calcáreas, e na costa predominam praias arenosas interrompidas por falésias, arrecifes de arenito e pequenos sistemas estuarino-lagunares margeados por manguezais. O maior impacto ambiental é causado pela ocupação urbana, pelo turismo, sobrepesca, obras portuárias, mineração e ocupação de áreas de manguezais para a carcinocultura.
A Região Costeira Central assemelha-se à Região Costeira do Nordeste, porém com maiores flutuações climáticas. Na parte sul desta região, ocorre a ressurgência das águas mais profundas (ressurgência de Cabo Frio) e a temperatura na parte próxima à costa pode baixar até 16ºC. Este evento natural torna esta região extremamente produtiva, sendo área de concentração de indústrias pesqueiras. 
A Plataforma Continental estende-se desde 10 km próximo a Salvador, até cerca de 190 km ao sul da Bahia, devido à ocorrência dos Bancos de Abrolhos onde predominam fundos de algas calcáreas e de recifes de coral. Na área mais próxima da costa, predominam praias arenosas, estuários e baías margeadas por manguezais. Nesta região a pesca artesanal e o turismo são as atividades econômicas mais importantes.
A Região Sul, na faixa subtropical da costa brasileira, localiza-se entre o litoral norte do Rio de Janeiro e o litoral do Rio Grande do Sul. A diversidade de hábitats marinhos que ocorrem nesta região estão sujeitos a uma grande variabilidade sazonal das condições climáticas e da hidrografia da plataforma. Esta fração do litoral brasileiro é influenciada pela confluência da Corrente do Brasil com a Corrente das Malvinas e pela drenagem continental do Rio da Prata, da Lagoa dos Patos e do Complexo Estuarino Paranaguá-Cananéia. O assoalho marinho da plataforma continental é predominantemente arenoso, com focos areno-lodosos e algumas formações rochosas.
Costões rochosos, praias arenosas, restingas, manguezais, baías e lagoas costeiras são ambientes comuns junto à linha de costa. A maior praia do mundo (Praia do Cassino) tem cerca de 200 km de extensão entre a saída da Lagoa dos Patos e o Chuí. Todos estes ecossistemas são importantes do ponto de vista ecológico e sócio-econômico (pesca, turismo e transporte). Várias unidades de conservação foram estabelecidas neste litoral e ajudam na preservação da biodiversidade marinha.
Há três tipos de ilhas na costa brasileira. A maioria delas resulta do afogamento da costa, sendo, portanto, prolongamentos dos tipos de relevos litorâneos, de suas geologias e demais condicionantes tectônicas que determinam os ecossistemas.
a) Ilhas que apresentam-se como cristas emersas das porções afogadas da serra do mar: as centenas que se encontram ao longo do litoral.
b) Ilhas sedimentares de baixa altitude: encontra-se no litoral paulista, por exemplo, a ilha Comprida que é, na realidade, um longo segmento de restinga isolado pelo mar.
c) Um terceiro tipo é constituído pelas ilhas oceânicas, resultantes de fenômenos de vulcanismo que soergueram do fundo atlântico, como Fernando de Noronha e o Atol das Rocas, que são, por isso mesmo, completamente desvinculadas do relevo continental brasileiro.

 

29/08/2010

Projeto faz trilha no Sítio Piranhengas - ONG CEPROMAR

O Sítio Piranhengas faz parte da ONG CEPROMAR (Centro Educacional e Profissionalizante do Maranhão), que tem por objetivo desenvolver atividades sócio-educativas, desportivas e culturais junto aos moradores dos bairros do Coroadinho, Coroado, Bairro de Fátima e Vila Palmeira. Por isso é feito o Turismo Solidário, onde cada pessoa pode contribuir com R$ 2,00 para a manutenção do local e obras assistenciais.
Em frente a Ong
Amantes da natureza
DADOS HISTÓRICOS
Fundado pelo tenente José Clarindo de Sousa, o Sítio Piranhenga, localizado às margens do Rio Bacanga, possui 42 hectares de pura história.
Vista do Rio Bacanga
O Sítio Piranhenga foi fundado entre os anos de 1805 e 1810. Passado quase 200 anos de sua existência, a propriedade possui até hoje traços e marcos do período da escravatura. Ele foi construído por escravos e ainda é conservado os azulejos de origem francesa e portuguesa, senzalas e caieiras.
Cozinha
Antiga Senzala
Seu segundo morador, Luís Eduardo Pires, neto do primeiro proprietário, fez do local uma fábrica de cal, mas manteve a área bem preservada.
Para enriquecer mais ainda o ambiente, sua terceira dona, uma arquiteta romena levou para o sítio traços da arquitetura mosaica.
Atualmente, o Piranhenga é uma propriedade particular voltado para filantropia que é administrado pelo padre João de Fátima Maranhão.
Casarão
Além da história contada ao vivo e a cores, o local possibilita andar por trilhas ecológicas com visitas ao mini-zoológico com animais em extinção, diariamente e mediante agendamento.
Trilha
Todos contentes com a trilha
Entrada da sede do sítio
Piranhenga, nome indígena que significa lugar de fogo, pois no local era feito cal, que necessita de muito fogo para sua produção.
Vista magnífica
Vista da área do Bacanga

Visite o Sítio Piranhengas e desfrute de bons momentos ao ar livre!