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05/07/2010

Laguna da Jansen - São Luís/MA


 
A Laguna da Jansen foi criada em 23 de junho de 1988 pelo decreto-lei n° 4.878, passando a ser denominado Parque Ecológico da Lagoa da Jansen, com o objetivo maior à preservação de áreas de mangue. Inserida no perímetro urbano a Lagoa da Jansen situa-se na parte ocidental da Ilha de São Luís - MA nas coordenadas 02º 29'07''S e 44º 18'02''W. Encontra-se em área metropolitana bem valorizada no mercado imobiliário, sendo margeada pelos bairros São Francisco, Renascença I e II, Ponta d'Areia e Ponta do Farol. A bacia de drenagem apresenta uma superfície de 3,5 km2, incluindo a área de terra firme, mangues e espelho d'água. Constituindo-se num corpo d'água costeiro instável, em termos de equilíbrio hidrostático com os corpos d'água adjacentes. Com a expansão da cidade na década de 70, e a construção da Ponte José Sarney interligando o bairro do centro antigo ao bairro do São Francisco, a ocupação procedeu rapidamente pela orla marítima, forçando a implantação de infraestrutura local. A Lagoa foi formada pelo represamento dos igarapés Ana Jansen e Jaracati e só existe devido ao dique de contenção representado pela Avenida Maestro João Nunes. A ligação com o mar se dá por meio de canais de drenagem apenas durante as marés de grande altura, ou na época das chuvas quando o nível das águas da lagoa eleva-se.

A Lagoa da Jansen, que na realidade trata-se de uma laguna, ou seja, uma depressão formada por água salobra ou salgada, localizada na borda litorânea, comunicando-se com o mar através de canal, constituindo assim uma espécie de “quase lago” de água salgada. Possui uma área de 150 hectares de extensão, em seu entorno foi transformado em parque ecológico, através do Decreto Lei nº. 4878 de 23 de junho de 1988, que visou à preservação imediata de áreas de mangues ainda existentes na época.  A água da Lagoa da Jansen é visivelmente imprópria para atividades como recreação e pesca, um dos fatores predominantes e causadores da poluição da mesma são os diversos bueiros encontrados ao redor da lagoa onde dos mesmos são despejados esgotos provenientes das dezenas de prédios, casas e barzinhos contribuindo assim não somente para a poluição da água como também da vegetação encontrada no local.
As estratégias urbano-culturais adotadas para a melhoria e valorização de áreas novas da cidade ou zonas decadentes podem gerar efeitos devastadores em áreas reabilitadas, assim como efeitos econômicos ditos positivos, como o desenvolvimento do turismo e uma contribuição real para um desenvolvimento cultural da população local, podem levar a morte de um ecossistema de forma prolongada. Estes efeitos são claramente vistos na Lagoa da Jansen, onde a falta de ações por parte da população e dos órgãos público geram um risco a Ilha de São Luís, pois não somente a lagoa te passado por esses problemas, mas infelizmente muitas áreas que são legalmente protegidas.
A laguna da Jansen além de sofrer impactos ambientais de grande magnitude, sofre com os impactos socioculturais. A ação humana, em ambos os aspectos, é o principal fator impactante, necessitando, portanto, não só de projetos voltados para a estrutura estética, como também para a efetiva recuperação sanitária e mitigação da precária situação social da população de baixa renda, que além de sofrer com estereótipos aplicados a comunidades carentes, está à margem do aparelho governamental e burocrático, que não atende as expectativas para a melhoria da qualidade de vida da população.
  A laguna da Jansen além de sofrer impactos ambientais de grande magnitude, sofre com os impactos socioculturais. A ação humana, em ambos os aspectos, é o principal fator impactante, necessitando, portanto, não só de projetos voltados para a estrutura estética, como também para a efetiva recuperação sanitária e mitigação da precária situação social da população de baixa renda, que além de sofrer com estereótipos aplicados a comunidades carentes, está à margem do aparelho governamental e burocrático, que não atende as expectativas para a melhoria da qualidade de vida da população.
Adryand´ Cesary P. Coelho
Biólogo e Pós-graduando em Eng. Ambiental

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